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No final de junho, Santa Catarina se tornou o primeiro estado brasileiro a ter uma política que estimula a utilização do biogás como fonte de energia. Aprovada pela Assembleia Legislativa, a nova lei traz diretrizes para que os dejetos (fezes e urina) originados da criação de animais – principalmente porcos e aves – e também os resíduos orgânicos produzidos na área urbana sejam aproveitados na produção de energia, por meio de biodigestores.

Para Miriam Prochnow, pré-candidata ao Senado no estado pela Rede, essa é uma medida importante porque ajuda a resolver um grande problema ambiental, que é a poluição do solo e, principalmente, das águas pelos dejetos animais, mas também porque pode ser uma nova fonte de renda para o produtor rural.

Além disso, a medida pode colaborar para diversificar a matriz energética catarinense, evitando também as emissões de metano – um dos mais importantes gases de efeito estufa – provenientes de lixões e criação de animais, colaborando com as metas do país para evitar as mudanças climáticas.

Políticas como essa têm um grande potencial por trazer vantagens em várias áreas: produtores rurais e prefeituras podem transformar seus resíduos orgânicos em energia, aumentando seus rendimentos. No caso das prefeituras, podem, ainda, resolver os problemas sociais e ambientais causados pelos lixões, que ainda representam uma ameaça à saúde da população”, diz Miriam.

Para que o gás seja aproveitado, os resíduos são colocados em biodigestores onde acontece a fermentação e a liberação do metano, que pode ser utilizado na produção de energia elétrica. Além disso, o processo gera também biofertilizante (resíduo líquido da biodigestão), que pode ser aproveitado nas lavouras e pastagens, substituindo os adubos químicos, com potencial poluente muito menor.

É papel do legislativo federal lutar para garantir que os incentivos governamentais sejam priorizados para atividades que tragam benefícios reais não apenas para o empreendedor, mas para toda a sociedade”, avalia Miriam.

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