Fundadora do Partido Verde e ligada à política desde a década de 80, Miriam Prochnow agora é candidata ao Senado Federal. Natural de Atalanta, ambientalista e também fundadora da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), a candidata defende, além das pautas de meio ambiente, agricultura familiar, reforma política e melhoria da infraestrutura viária do estado.
“Estou no meu melhor momento para o Senado, porque tenho experiência de mais de 30 anos na área ambiental, seja local, estadual, nacional e internacional e tenho envolvimento em vários setores. Fui secretária do Diálogo Florestal, que é uma iniciativa que reúne empresas do setor florestal e organizações socioambientalistas, e um dos meus trabalhos era mediar conflitos e conseguir acordos entre as comunidades e empresas, sempre visando um ganho para ambas as partes, então tenho uma experiência grande em diálogo. O senador é o embaixador do Estado e precisa ter essa experiência de saber dialogar com os vários setores”, disse.
Quanto à reforma política, ela é contra a aposentaria de políticos, disse que vai trabalhar para que não exista reeleição para cargos do Executivo, somente uma para o Legislativo, vai lutar contra o foro privilegiado, tornar Caixa 2 um crime e tentar romper a corrupção. “Eu tenho alguns compromissos já assinados, como o “Unidos Contra a Corrupção”, tenho alguns compromissos pessoais neste âmbito, como batalhar para que não exista mais auxílio moradia, isso é uma das coisas que eu já me comprometi a não usar, nem verbas como a “verba paletó”, porque eu penso que isso não deveria ser privilégio, mas sim, pago com o próprio salário político”.
Na agricultura, Miriam defende muitos temas ligados a agricultura de baixo carbono. “Então seria ver quais praticas precisam ser estimuladas hoje na agricultura, para que ela possa contribuir com as metas do clima, e seja mais sustentável. E aí inclui o agronegócio até a agricultura familiar. Eu tenho muito na minha pauta a defesa da agricultura familiar, o estímulo à produção orgânica e também a adequação ambiental e social das propriedade. A gente tem trabalhado muito com processo de certificação e isso pode dar um impulso novo na questão de agricultores familiares, já pensando na valorização do produto deles e eventualmente na questão da agroindústria”.
Ela citou a importância do uso de energias limpas, como a solar por painéis fotovoltaicos, para que o agricultor possa além de produzir alimentos, ser um gerador de energia. Quanto à infraestrutura e logística dos transportes, ela comentou sobre o novo modelo ferroviário que, de acordo com ela, já em 2010 era discutido e hoje, mal se tem o projeto. “Se isso não for encarado com seriedade nem essa ferrovia teremos”. Ela defende o transporte de cargas e também de passageiros por linhas ferroviárias.
Quanto à BR-470, Miriam enfatizou que já passou da hora de ser duplicada e que a BR precisa se tornar “uma rodovia humanizada, com corredores para faunas e recuos para facilitar a saída das rodovias”, finalizou.
Autor: Elisiane Maciel, para Diário do Alto Vale.